Muito antes de ser uma planta marginalizada, a canábis era tratada como sagrada. Presente em rituais, medicina, navegação e espiritualidade, esta planta atravessou civilizações, foi queimada em fogueiras de sabedoria e também em fogueiras de ignorância. Esta é uma viagem mitológica pela história da canábis: da antiguidade mística à cultura urbana moderna.

Capítulo I: As Raízes Sagradas

Nas civilizações antigas da China, Índia e Mesopotâmia, a canábis era usada para:

• Preparar medicamentos naturais
• Realizar rituais xamânicos
• Tecelagem de cordas e tecidos

Na tradição hindu, o “bhang” (uma bebida feita com folhas de canábis) era oferecido ao deus Shiva. Para os antigos chineses, a planta equilibrava o Yin e o Yang.

“A canábis não era recreativa. Era espiritual.”

Capítulo II: A Travessia pela Humanidade

Com as rotas comerciais e as migrações, a planta espalhou-se pela Ásia, África, Europa e Américas. Em muitas culturas africanas, era usada em cerimónias espirituais e na medicina tribal. No mundo árabe, falava-se do “hashish” como portador de visões e introspecção.

Durante séculos, a canábis foi usada para fazer papel, velas de navios e até para pagar impostos (nos EUA do século XVIII).

“Era mais do que uma planta. Era uma ferramenta de civilização.”

Capítulo III: A Era da Proibição

No século XX, com o crescimento da propaganda conservadora e racista, a canábis foi demonizada. Termos como “marijuana” foram usados estrategicamente para associar a planta a imigrantes mexicanos e cultura negra.

• 1937: EUA aprovam o “Marihuana Tax Act”
• Anos 70: Guerra às Drogas criminaliza a planta em quase todo o mundo

“O que era medicina passou a ser crime.”

Capítulo IV: O Despertar da Tribo Verde

Nos anos 90 e 2000, o ativismo canábico ganhou força. Estudos científicos começaram a mostrar os benefícios terapêuticos dos canabinoides. Os primeiros países legalizaram o uso medicinal.

A cultura stoner, através da música, cinema e arte urbana, ajudou a mudar mentalidades.

• Filmes como Cheech & Chong ou Pineapple Express
• Músicos como Bob Marley, Cypress Hill, Snoop Dogg
• A emergência do 4:20 como ritual global

“A planta acordou. E com ela, uma geração inteira.”

Capítulo V: A Revolução Verde

Hoje, falamos de canábis medicinal, recreativa, legal, industrial, e colecionável. A planta está a reconquistar o seu lugar no mundo — mas de uma forma nova, consciente, legal e criativa.

• Produtos de bem-estar com CBD, HHC, THC-P e outros canabinoides
• Estudo dos terpenos e perfis aromáticos
• Comunidades e marcas com identidade própria (tipo a nossa tribo)

“A selva voltou. E desta vez tem logótipo.”

Conclusão: A Lenda Continua

A história da canábis não é só sobre uma planta. É sobre resistência, espiritualidade, cultura e liberdade. E neste momento, tu fazes parte dessa história.

“Onde há fumo, há memória. Onde há tribo, há futuro.”

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